
Acordar
numa manhã de domingo e refletir sobre o valor das coisas simples, é sentir a
presença de Deus em nós. A imagem simboliza uma parte da minha vida, da minha
história. É experimentar novamente uma realidade vivida sem alardes, sem
artificialidades, sentindo a beleza de um mundo tão meu, de coisas singelas e
belas. Lembrar a figura da minha Mãe, ao lado do fogão à lenha, tecendo com
suas delicadas mãos, as coisas mais originais que pude degustar em minha vida. É uma emoção inigualável.
Saudades...
De tudo! Desde o feijão ao doce de leite. Sabores contrastantes, mas
confeccionados e recheados de alegria, de amor e partilha. São as coisas
simples da terra que se emaranham com o divino, com uma singularidade ímpar. E
é nessa hora, que me faz lembrar meu passado e querer voltar sempre a rever o
meu lugar sagrado.
O
ser humano esquece que ele mesmo não é apenas razão, mas que também é
constituído de sentimentos e emoções. E vai caminhando reduzindo o mundo da
vida ao mundo da ciência, criando um abismo entre a tecnologia e a sacralidade
da vida.
Neneca Barbosa
João Pessoa, 26/08/2018
João Pessoa, 26/08/2018
Tela
do pintor mineiro - Rui de Paula
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